sexta-feira, 7 de março de 2014

A esperar...

É no silêncio da noite, quando todos já dormem, que percebo a imensidão da minha solidão. Alguns dirão que a provoquei, que ela me bate a porta porque permiti que viesse, mas a estes, apenas digo que ela já havia chegado antes mesmo de estar só. Não é preciso estar sozinho para sentir solidão, basta apenas que aqueles que estão ao nosso redor não nos perceba ou não queiram entender o que se passa em nosso interior.

Essa solidão me faz sentir saudades. Sinto falta de um tempo que não vai mais voltar, quando ficava feliz apenas em ter alguém ao meu lado, um tempo em que meu telefone tocava e ao atender tinha alguém a me dizer: "preciso dividir algo com você" ou "me ajude nisso por favor". Saudade em que o dia de reunião em casa de amigos, pra jogar conversa fora, era um programão de sexta à noite. Nada disso vai voltar como era, é preciso recriar, reconstruir, só não sei como fazê-lo, o jeito é esperar...esperar... Enquanto espero, meu coração chora, às vezes até grita por estar tão solitário, mas vou aprendendo com essa solidão, aprendendo que sou capaz, que posso ser feliz sem necessariamente ter alguem ao meu lado, que preciso me conhecer mais...e assim vou seguindo.

Confesso que existem dias que parecem intermináveis, e são justamente nesses que minha inspiração toma lugar dessa dor que insiste em ficar... nessas horas eu escrevo...escrevo...escrevo...e a dor parece amenizar.

Mas ainda acredito, que qualquer dia, quando abrir os olhos, eles encontrarão outros que farão com que toda essa dor seja esquecida como se jamais tivesse existido...

Enquanto isso...espero e espero

bjs a tod@s
Por Priscila Messias

Momentos de reflexão...

Vivemos num dos países mais heterogêneos do mundo, com uma variedade de povos e religiões, estamos todos num mesmo território chamado Brasil. Nesse país em que todos, mulheres e homens, têm direito ao voto e a opinião, ainda precisamos amadurecer e aprender a exercer um dever soberano: o respeito às diversidades. Falo do respeito às diferenças intelectuais, sociais, raciais, regionais, religiosas, de gênero e de sexualidade.

Não é fácil respeitar as diferenças, ainda mais quando elas fogem daquilo que chamamos de "normal", ou seja, daquilo que nos foi ensinado de que é imutável e de que não pode ser transformado para não mexer no ciclo natural do universo. Mas, o mundo mudou e continuará mudando ao longo do tempo, a aquisição da informação e o direito a questionar se globalizou; as necessidades físicas, psíquicas e morais dos seres humanos mudaram; as relações de autoridade já não existem como outrora. Precisamos, urgentemente, aprender a valorizar o ser humano por sua essência, não por sua aparência, gênero, sexualidade ou religião.

Hoje as pessoas se odeiam por conta do credo religioso, se matam por divergência política e tramam a morte de outros pela opção sexual ou pela camisa de time que estão usando. E o que mais me impressiona nessa história toda, é que são justamente as pessoas públicas (as mais visadas, seguidas e idolatradas) que apregoam alguns dos discursos mais sexistas, homofóbicos e hegemônicos que circulam por ae. São líderes políticos e religiosos, formadores de opiniões, que não percebem o estrago que estão fazendo numa sociedade, que geram pessoas intolerantes. Querid@s vocês deveriam estar atuando de maneira contrária, suas convicções morais e religiosas são suas e vocês têm o direito de tê-las, mas não precisam distorcer as dos demais.

Não estamos dando o devido valor a vida. Sejamos mais humanos e menos juízes, mais caridosos e menos hipócritas. O tempo em que se fomenta a discriminação, o ódio e a intolerância poderia estar sendo melhor utilizado criando políticas que de fato iriam contribuir para a sociedade ou proclamando filosofias religiosas que transformariam as vidas de pessoas sem perspectivas de vida.

Lembre-se sempre...o respeito não é um favor, mas sim uma obrigação!

Um abraço a tod@s
Por Priscila Messias

Eu também tenho um sonho...

"No processo de conquistar nosso legítimo direito, nós não devemos ser culpados de ações de injustiças. Não vamos satisfazer nossa sede de liberdade bebendo da xícara da amargura e do ódio. Nós sempre temos que conduzir nossa luta num alto nível de dignidade e disciplina. Nós não devemos permitir que nosso criativo protesto se degenere em violência física." (Trecho do discurso I have a dream do pastor Martin Luther King em 28 de agosto de 1963.)


Eu também tenho um sonho...

Sonho com o dia em que todos seremos iguais, independente de credo religioso, sexualidade, time de futebol e opinião. Em que as divergências políticas e religiosas no mundo não serão mais causadoras de guerras civis, que matam milhares e milhares de pessoas que nem sequer entendem o porquê de suas vidas serem ceifadas.

Sonho com o dia em que o Estado de um país tratará seus habitantes como cidadãos, oferecendo a cada um condições adequadas de moradia, educação, alimentação, saúde e lazer. Almejo o dia em que a vida valerá mais que um par de tênis, um relógio ou uma carteira com algumas notas de papel; em que o que vai importar é a vida, e isso através do respeito e dignidade ao ser humano.

Sonho com o dia em que as mulheres serão respeitadas como seres humanos que exprimem opiniões, que têm desejos e precisam de ajuda para das conta de tantas responsabilidades diárias; em que terão o direito ao domínio de seu próprio corpo e suas vontades. Sonho com o dia em que as escolhas sexuais de uma pessoa não será motivo de discussão social, não lhe causará dano físico, mental ou psicológico e não o fará ser excluído em sua sociedade.

Eu sonho...mas procuro viver esse sonho a cada dia fazendo tudo que está ao meu alcance, falando sempre que possível e contribuindo para formar novas opiniões sem influências política e religiosa, mas pautada no respeito e no direito à diversidade.

Sonhar é muito fácil, precisamos fazer com que os sonhos se tornem reais, que lutemos pelos direitos de todos e que tentemos levar um pouco de dignidade àqueles que se encontram desacreditados e segregados.

Para que vivamos os sonhos precisamos, na verdade, começar a nos importar...

#ficaadica

Por Priscila Messias