E agora, José?
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou,
e agora, José?
e agora, você?
você que é sem nome,
que zomba dos outros,
você que faz versos,
que ama, protesta?
e agora, José?
Está sem mulher,
está sem discurso,
está sem carinho,
já não pode beber,
já não pode fumar,
cuspir já não pode,
a noite esfriou,
o dia não veio,
o bonde não veio,
o riso não veio,
não veio a utopia
e tudo acabou
e tudo fugiu
e tudo mofou,
e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra,
seu instante de febre,
sua gula e jejum,
sua biblioteca,
sua lavra de ouro,
seu terno de vidro,
sua incoerência,
seu ódio — e agora?
Com a chave na mão
quer abrir a porta,
não existe porta;
quer morrer no mar,
mas o mar secou;
quer ir para Minas,
Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse,
se você gemesse,
se você tocasse
a valsa vienense,
se você dormisse,
se você cansasse,
se você morresse...
Mas você não morre,
você é duro, José!
Sozinho no escuro
qual bicho-do-mato,
sem teogonia,
sem parede nua
para se encostar,
sem cavalo preto
que fuja a galope,
você marcha, José!
Esse espaço foi criado para trazer assuntos que fazem parte do universo feminino...e aqui será nosso ponto de encontro. Papodiminina tem essa finalidade...informar...divertir...compartilhar... Sejam bem-vind@s!!!!
segunda-feira, 22 de outubro de 2018
terça-feira, 16 de outubro de 2018
Mulheres em Luta!
Estamos em luta!
Nossa dor ficou exposta, nossos medos foram revelados.
Fomos às ruas e gritamos #elenão. Nunca gritamos tão alto!
Ninguém jamais poderá dizer que não fizemos nada.
Tememos a violência, o fascismo e a repressão.
São medos reais, que conhecemos há muito tempo.
São dores reais, que sentimos em nossos corpos e almas.
Todos nós estamos à mercê do algoz, e o enfrentamos por nós e por ti.
Noutros tempos esse ódio não entraria em nossas casas,
No tempo que armas e violência eram discriminadas pelos nossos pais.
Na época que igrejas e mosteiros pregavam o amor e eram eles os perseguidos.
Mas agora a ganância e a mentira entraram nos templos, e somos nós que sofremos essa perseguição sem fim e com fim.
É desolador acordar e ver que esse sentimento não advém de um pesadelo,
É duro perceber que uma nação pretende higienizar seu espaço,
Com o critério de excluir quem luta pela igualdade e respeito à diversidade.
Se você não se enquadra então a você só resta a dor, O medo, a morte!
Eu acredito na força do feminino,
Eu acredito na força do coletivo,
Eu acredito nas preces das mães que amam e acolhem,
Eu acredito no amor!
Um abraço a tod@s e força para nós que entendemos que a dor do outro também é a nossa.
Por Priscila Messias.
Nossa dor ficou exposta, nossos medos foram revelados.
Fomos às ruas e gritamos #elenão. Nunca gritamos tão alto!
Ninguém jamais poderá dizer que não fizemos nada.
Tememos a violência, o fascismo e a repressão.
São medos reais, que conhecemos há muito tempo.
São dores reais, que sentimos em nossos corpos e almas.
Todos nós estamos à mercê do algoz, e o enfrentamos por nós e por ti.
Noutros tempos esse ódio não entraria em nossas casas,
No tempo que armas e violência eram discriminadas pelos nossos pais.
Na época que igrejas e mosteiros pregavam o amor e eram eles os perseguidos.
Mas agora a ganância e a mentira entraram nos templos, e somos nós que sofremos essa perseguição sem fim e com fim.
É desolador acordar e ver que esse sentimento não advém de um pesadelo,
É duro perceber que uma nação pretende higienizar seu espaço,
Com o critério de excluir quem luta pela igualdade e respeito à diversidade.
Se você não se enquadra então a você só resta a dor, O medo, a morte!
Eu acredito na força do feminino,
Eu acredito na força do coletivo,
Eu acredito nas preces das mães que amam e acolhem,
Eu acredito no amor!
Um abraço a tod@s e força para nós que entendemos que a dor do outro também é a nossa.
Por Priscila Messias.
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