domingo, 27 de junho de 2021

Deixe-me saber da sua dor!

Venho da classe popular, e dentro dessa realidade, pude e posso acompanhar muitas histórias que me causam emoção por saber que a falta de oportunidades e promoção de equidade transforma a vida de muitos em uma constante luta pela sobrevivência. Tem muita gente que nem se dá conta que existe vida fora de sua “bolha" de convivência ou que ainda acredita na crença da meritocracia que prega que qualquer um pode conseguir, e que o insucesso é causado pelo esforço pouco ou nulo daqueles que não conseguem subir os degraus sociais. Então, permita-me trazê-los para a realidade, muitos não sabem o que é sonhar os sonhos triviais da classe média, como fazer uma viagem, fazer um curso em uma determinada instituição, poder seguir praticando alguns esportes que exigem equipamentos exclusivos, dentre outros. Tem muita gente que nem tempo de sonhar tem, porque o estômago dói a ponto de nem conseguir dormir. Hoje, estamos revivendo uma realidade dolorosas e evitável. A fome volta a fazer parte da rotina de milhões de brasileiros, o desemprego e a falta de oportunidades empurram as pessoas para a informalidade (subemprego) e, com todo esse cenário sem esperanças, os níveis de violência crescem vertiginosamente, pois, sem esperança não há razão para lutar! Mas, podemos fazer diferente, não podemos aceitar que pessoas que sempre lutaram desistam, que sonhos deixem de existir e que as oportunidades não ocorram. Precisamos entender o viés do problema e, em que ponto erramos como sociedade a fim de retornarmos o caminho para uma vida mais digna para todos, todas e todes. Eu tenho vivido minhas lutas, mas, as minhas lágrimas são para chorar as dores dos outros, porque minha dor tem sido pequena perto das dores ao meu redor. Me sinto impotente e queria poder fazer mais por aquelis que necessitam, me deixe conhecer sua dor, eu não terei o poder de curá-la, mas estarei ao seu lado para enfrenta-la junto com você. Um abraço cheio de esperanças! Por Priscila Messias

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2021

Por que lutamos?

Somos mulheres comuns. Mães, filhas, esposas, tias, sobrinhas, avós e netas. Somos mulheres que sonham e lutam Que amam a vida e querem viver! Perguntam-nos: “Por que você luta? Contra quem? Por quem? A vida é como é! Apenas aceite e siga as regras. Por que ainda insiste?” Nós lutamos porque não aceitamos a subjugação, Porque não aceitamos mais ser assassinadas, violadas e desrespeitadas. Porque queremos ver nossos filhos crescerem, E que cresçam num mundo melhor e mais justo para todos e todas. Não lutamos com armas nem violência. Usamos nossa voz com coragem E nossa feminilidade como força motriz Para enfrentarmos toda uma sociedade adormecida e amortecida. Lutamos pelo direito de viver! Por Priscila Messias